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Detalhe de um vitral concebido por Martins Correia (1910-1999).
Este vitral, datado de 1971, adorna a parede fronteira aos lanços da escadaria nobre do antigo Palácio dos Marqueses de Praia e Monforte, em Estremoz.
De acordo com a inscrição patente no vitral, Martins Correia terá contado com a colaboração de H. Sá (datas desconhecidas) na concepção da obra e a sua execução terá sido assegurada por J. Alves Mendes (datas desconhecidas), em Lisboa.
Adquirido pela Câmara Municipal em 2010, o palácio foi entretanto recuperado e remodelado, tendo sido inaugurado em 2013. Actualmente, este espaço polivalente acolhe acervo do Museu Rural e promove exposições temporárias, sendo o salão nobre e o pátio utilizados para alguns concertos.
Embora a informação disponibilizada, quer no local quer nas plataformas digitais, não esclareça o seu valor simbólico nem a razão da sua presença no palácio, é óbvio que este vitral de Martins Correia alude aos ideais corporativos do Estado Novo.
Retomando publicamente um fascínio pelo vidro, velho de muitos mais anos do que a curta década que passou desde a sua divulgação inicial no Blog da Rua Nove (https://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/?skip=10&tag=vidro) e posterior no Rua Onze . Blog (https://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/tag/vidro), inicia-se hoje um espaço dedicado aos cristais, vidros e vitrais, essencialmente nacionais mas também estrangeiros.
Será este um espaço pouco apressado e com publicações ocasionais, de pequenos artigos, sobre as mais diversas áreas relacionadas com a arte vidreira.
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