Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vidros Portugueses & Companhia

Vidros Portugueses & Companhia

Jarra

Janeiro 27, 2024

blogdaruanove

 

Jarra, com cerca de 23,5 cm. de altura, em vidro doublé moldado.

 

Este formato da Fábrica-Escola Irmãos Stephens, designado como Adágio e datável do início da década de 1970, foi comercializado em duas dimensões diferentes, com 20,5 cm. e 23,5 cm. de altura, conhecendo-se exemplares em azul, verde água, vermelho e vermelho-alaranjado.

 

Existem formatos escandinavos similares, atribuídos à fábrica sueca Ryd Glasbruk, empresa que exportaria peças destas para países francófonos com a etiqueta "opaline suedoise", nas variantes cromáticas ametista, azul celeste, azul cobalto, laranja e verde.

 

Fundada em 1918, a Ryd comercializou, nas décadas de 1960 e 1970, diversos formatos semelhantes aos produzidos noutras fábricas escandinavas, como a sueca Alsterfors (1886-1980) e a dinamarquesa Holmegaard (Holmegaard glass, vases, wine glasses - Official website (rosendahl.com)), tendo encerrado em 1985.

 

 

© Vidros & Companhia

Jarra

Janeiro 20, 2024

blogdaruanove

 

 

Pequena jarra, com cerca de 13,8 cm. de altura, em vidro azul com decoração floral pintada a esmalte e complementos, incluindo filetagem, a dourado.

 

A tonalidade azul do vidro é semelhante à de diversos outros vidros europeus, como os de Bristol, em Inglaterra, ou os da Boémia, mas esta peça terá sido, muito provavelmente, produzida na Marinha Grande.

 

Esta pintura floral a esmalte insere-se numa prática técnica e estética largamente exercida na Nacional Fábrica de Vidros, integrada no grupo CIP desde 1926, e bem documentada para as décadas de 1930 e 1940.

 

A gramática estilizada destes motivos florais, contudo, aponta já para uma abordagem posterior à da Art Déco, tão comum naquele período, sendo mais característica do período pós-guerra, particularmente da década de 1950.

 

A partir de 1955, por aquisição da Vista Alegre, a IVIMA sucedeu à Nacional Fábrica de Vidros, cujas origens remontavam a 1896. Em 1970 passou a integrar a CIVE, Companhia Industrial Vidreira, e em 1972 a Crisal. Entrando numa fase de gestão controlada a partir de 1986, a IVIMA não chegou a atingir o cinquentenário, acabando por encerrar em 1999.

 

 

 

© Vidros & Companhia

Janeiro 13, 2024

blogdaruanove

 

 

Figura estilizada de rã, com cerca de 10,5 cm. de altura e 14 cm. de comprimento.

 

Embora não apresente qualquer marca, esta peça foi criada por Věra Lišková (1924-1985) para a fábrica Moser (https://www.moser.com/en/about-moser), na então denominada Checoslováquia, surgindo na sequência de um anterior peixe estilizado da mesma artista, que havia sido exibido com êxito na exposição mundial de Bruxelas, em 1958.

 

Esta figura, contudo, apenas foi criada em 1959, sob a referência 1516, vindo a ser exibida internacionalmente, pela primeira vez, em 1960, na trienal de Milão, em conjunto com o referido peixe, que tem a referência 1440. Mais do que duas peças paradigmáticas do excelente design checoslovaco, na linha da melhor tradição boémia da arte vidreira, estas figuras estilizadas são ícones incontornáveis do design modernista europeu do pós-guerra.

 

Uma característica técnica que marca esta figura, peça que hoje em dia é uma das raridades das figuras animais produzidas na Moser durante a segunda metade do século XX, reside no facto de ter sido realizada em vidro com óxido de neodímio, o que faz com que este varie de cor (neste caso, azul, turquesa, lilás) em função do tipo de luz e da incidência desta.

 

O Museu de Artes Decorativas, em Praga, República Checa, e o Corning Museum of Glass, nos EUA, ostentam peças similares no seu acervo.

 

© Vidros & Companhia

Pote com tampa

Janeiro 06, 2024

blogdaruanove

 

 

Pote com tampa, medindo cerca de 24,5 cm. de altura, em vidro castanho com decoração a esmalte policromado e complementos a dourado.

 

Apresentando decoração floral estilizada ao gosto Art Déco, este pote ilustra a rara e escassamente conhecida produção da fábrica Marquês de Pombal, na Marinha Grande, documentando ainda o seu logótipo.

 

Esta fábrica foi estabelecida durante a I República, em 1914, embora apenas tenha começado a laborar em 1917, e contou com a inusitada participação do poeta Afonso Lopes Vieira (1878-1946) enquanto seu co-fundador e sócio, conjuntamente com António José de Magalhães Júnior. Neste período a direcção esteve a cargo de João Magalhães Júnior, sobrinho do anterior. Posteriormente passou a integrar a Crisal e a Vicris.

 

Um dos nomes maiores dos artistas, artesãos e técnicos que passaram pela fábrica Marquês de Pombal foi o de Acácio das Neves Morais Matias (1898-1954), cuja mestria o levou a colaborar com diversas outras fábricas de vidro, nacionais e estrangeiras.

 

 

 

© Vidros & Companhia

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D