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Vidros Portugueses & Companhia

Vidros Portugueses & Companhia

Pisa-papéis

Março 30, 2024

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Pequeno pisa-papéis, com cerca de 8,9 cm. de altura, em cristal sem chumbo.

 

Tal como já foi referido anteriormente, a propósito de uma peça similar, atendendo às características técnicas da sua produção e à combinação do seu retorcido núcleo cromático, é possível que esta peça tenha sido produzida pelo Jasmim Glass Studio, uma das inovadoras oficinas de vidro da Marinha Grande, apesar de a tricromia evocar claramente as cores da bandeira italiana e de a técnica remeter também para a produção de Murano.

 

Veja-se outro pisa-papéis aqui: https://vidrosecompanhia.blogs.sapo.pt/pisa-papeis-7319.

 

 

 

© Vidros & Companhia

Cinzeiro

Março 22, 2024

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Cinzeiro, ou taça, com cerca de 8,6 cm. de altura e 16,4 cm. de diâmetro, em vidro branco e azul turquesa.

 

Esta peça, pela volumetria, peso e tratamento do vidro, assemelha-se à produção belga da Val St. Lambert, à boémia de Chřibská, à italiana de Murano, à japonesa da Sanyu, ou até mesmo à da Marinha Grande.

 

Atendendo à predominância do seu tom azul turquesa, alguns coleccionadores atribuem a sua origem à fábrica Sanyu. 

 

Com sede em Osaka, tal como a Iwatsu, que encerrou na década de 1990, a fábrica Sanyu começou a produzir vidro artístico no pós-guerra, exportando para os países ocidentais alguma da sua produção, logo na década de 1960.

 

Para além de, por vezes, aparecerem sob a designação Narumi, as peças desta fábrica apenas apresentavam etiquetas para identificar a sua origem, pelo que, hoje em dia, a maior parte do seu vidro surge sem qualquer marca.

 

 

 

Para confundir ainda mais a identificação destas peças, conhecem-se também alguns exemplares semelhantes com uma etiqueta, a preto e prateado, ostentando a inscrição " Crystal / Belford / Hand Made", que parece ser apenas uma marca de importação.

 

A verdade é que se conhecem exemplares semelhantes em várias outras cores, tanto mais vulgares, em tons de rosa, como invulgares, em tons de verde radioactivo.

 

A torção, a massa vítrea bicromática e a base hexagonal, contudo, são comuns às peças que Jozef Hospodka (1923-1989) produziu para a Sklárna Chřibská, pelo que muitos outros coleccionadores e investigadores consideram ser a origem desta peça atribuível a esta empresa boémia.

 

 

 

© Vidros & Companhia

Solitário

Março 17, 2024

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Solitário, em vidro doublé, com cerca de 20,7 cm. de altura.

 

Esta combinação de vidro doublé, com uma camada âmbar e outra branca coalhada no interior do corpo da jarra, assentando num pé monocromático, é comum na produção da Marinha Grande, sendo o formato também semelhante aos que se produziram na região durante as décadas de 1970 e 1980.

 

 

© Vidros & Companhia

Jarra

Março 09, 2024

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Jarra, com cerca de 31 cm. de altura, em cristal da fábrica Atlantis, Alcobaça, apresentando decoração floral pintada à mão.

 

Estas peças, com decoração de influência oriental, ecoam tendências temáticas semelhantes ilustradas, durante as décadas de 1980 e 1990, na decoração em porcelana da Vista Alegre, empresa ligada à IVIMA desde 1955 e à Crisal, que lançou a marca Atlantis, desde 1972.

 

Com um corpo cristalino, tornado translúcido pelo tratamento com jacto de areia, estas peças ostentam sempre o nome dos/as decoradores/as e a data dessa intervenção, neste caso "Alice / 11-1-89", nos mais diversos formatos conhecidos, como copos, jarras ou taças.

 

O Museu do Vidro da Marinha Grande integra, no seu acervo, um cálice, ou copo de pé, com decoração semelhante.

 

Como já foi referido em artigo anterior, a marca Atlantis foi aplicada entre 1972 e 2016.

 

 

© Vidros & Companhia

Pato

Março 01, 2024

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Pequena figura em cristal sem chumbo representando um pato, com cerca de 10,2 x 7,2 cm., eventualmente produzida no Estúdio Jasmim, Marinha Grande, que seguiu muito de perto alguma da produção italiana de Murano.

 

Embora esta figura não tenha sido realizada a partir de tubos ou varetas, como acontece nas pequenas peças produzidas ao maçarico, mas sim a partir de um pequeno aglomerado de cristal fundido, exemplifica uma técnica comum aos dois produtos finais, consistindo na utilização de pinças para alongar e formar a cauda, as asas, o pescoço e o bico.

 

Por outro lado, quando normalmente temos pequenas excrescências coloridas adicionadas ao corpo principal da pasta vítrea, para obter os olhos na maioria da peças de maçarico, verificamos nesta peça que os mesmos são sugeridos através de concavidades resultantes de uma compressão da pasta.

 

Note-se como a inserção de uma pequena mancha castanha, translúcida, no corpo cristalino acentuou a tridimensionalidade da peça e lhe veio conferir a possibilidade de obter um efeito quase caleidoscópico durante o seu manuseamento.

 

A fábrica italiana Campanella, de Murano, comercializou figuras muito semelhantes, quer na morfologia, quer nas dimensões, quer na inserção de manchas coloridas, mas estas, ao contrário do presente exemplar, ostentam uma massa vítrea adicionada ao corpo da figura, servindo de base e concedendo-lhe maior estabilidade, um detalhe distintivo e característico, aliás, de muitas figuras animais produzidas nesta região veneziana.

 

A fábrica Nason, da mesma localidade, fabricou também figuras similares, sem base, mas a sua morfologia geral não se aproxima tanto deste exemplar como as figuras Campanella.

 

 

© Vidros & Companhia

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