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Vidros Portugueses & Companhia

Vidros Portugueses & Companhia

Jarra

Setembro 30, 2024

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Jarra, com cerca de 15 cm. de altura, em vidro doublé com pintura a esmalte e complementos a dourado.

 

O forma como o motivo floral se distribui pelo corpo da peça evoca, vagamente e de forma mais difusa, a estética e a gramática vegetalista de alguns artistas do século XIX, como William Morris (1834-1896) ou William de Morgan (1839-1917), mas esta poderá corresponder já a uma produção do século XX.

 

 

 

 

Como se depreende, esta é uma peça com um acabamento de alta qualidade, cuja origem ainda não foi possível identificar, mas que não será certamente portuguesa.

 

A tonalidade obtida com o doublé do vidro lembra algumas das peças de Pierre d'Avesn (Pierre Girre, 1901-1990) produzidas nas décadas de 1920 e 1930 (veja-se uma peça anteriormente apresentada aqui: https://vidrosecompanhia.blogs.sapo.pt/jarra-8818), enquanto a qualidade da decoração a esmalte e dourado remete para algumas peças, produzidas em Inglaterra, quer pela Stevens & Williams quer pela Thomas Webb & Sons (https://vidrosecompanhia.blogs.sapo.pt/jarra-13654).

 

Por outro lado, a qualidade desse mesmo acabamento remete também para algumas das peças produzidas em algumas fábricas da Boémia, como a Harrachov.

 

 

 

© Vidros & Companhia

Jarra

Setembro 23, 2024

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Pequena jarra, com cerca de 14,8 cm. de altura, decorada a esmalte policromático nas flores e a dourado nas ramagens e filetagem.

 

A pintura manual, a esmalte, confere um acabamento elaborado e cuidado a esta peça e o dourado acrescenta-lhe um aspecto até algo sumptuoso. 

 

 

A verdade, contudo, é que o fundo azul não foi obtido através de vidro doublé, que requer uma técnica mais elaborada, mas sim através de pintura interior a aerógrafo, o que revela uma produção menos onerosa.

 

Esta jarra terá sido muito provavelmente produzida na Marinha Grande, entre as décadas de 1940 e 1960.

 

 

© Vidros & Companhia

Abelha

Setembro 15, 2024

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Figura de abelha, com cerca de 1,7 cm. de altura e 3,2 cm. de comprimento, da autoria de Adriano Mesquita (n. 1941).

 

Portugal tem uma larga tradição em peças de vidro realizadas ao maçarico, com um período de particular expansão entre as décadas de 1950 e 1970, quando estas peças apareciam com frequência, de norte a sul do país, em feiras e romarias.

 

Inúmeros artesãos dedicam-se ainda hoje a esta manufactura, como já foi referido, aproveitando-se este artigo para homenagear a arte de mestre Adriano Mesquita através desta peça e de uma imagem, que se reproduz abaixo, registada na Marinha Grande, em Agosto de 2023.

 

Adriano Mesquita iniciou-se no labor do vidro com 10 anos, na empresa Joaquim Ferreira. Aos 12 trabalhou durante algumas semanas na fábrica Ricardo Gallo, de onde transitou para a Manuel Pereira Roldão & Filhos Lda. Ali trabalhou até 1978, já como 1.º ajudante marisador, quando passou a dedicar-se a tempo inteiro à arte de moldar o vidro ao maçarico.

 

Participou regularmente em inúmeras feiras de artesanato, nacionais e internacionais, tendo ainda sido um dos artesãos cuja obra integrou a exposição Mestres da Marinha Grande  Artesanato de Maçarico, realizada no Museu do Vidro da Marinha Grande, entre Dezembro de 2009 e Maio de 2010. 

 

Veja-se um pequeno artigo brasileiro sobre Adriano Mesquita, e outras peças do autor, aqui: https://vidrado.com/noticias/arte-em-vidro/toda-a-tradicao-da-arte-em-vidro-portuguesa-por-adriano-mesquita/.

 

 

© Vidros & Companhia

Jarra

Setembro 09, 2024

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Jarra, com cerca de 20,8 cm. de altura, produzida na fábrica de André Delatte (1887-1953), em Nancy, provavelmente durante a década de 1920.

 

Delatte iniciou um estúdio de vidro, em Nancy, no ano de 1919, onde os seus operários procediam à decoração de peças originárias da empresa Frères Muller. Em 1921 construiu o seu primeiro forno, passando a empresa a ter a denominação Verreries de l'Est.

 

Famosa também pelas suas peças decoradas a esmalte e, particularmente, pelas suas jarras de influência persa, com base bulbosa e longo colo, denominadas berluzes pela Daum mas apelidadas de galinettes por Delatte, a empresa acabou por encerrar em 1933 e ser liquidada em 1938.

 

 

 

Modelos como este, com peças esculpidas a ácido e preenchimento dos sulcos a dourado, eram semelhantes a alguma da produção Daum realizada na mesma época.

 

O enorme sucesso das berluzes denominadas galinettes, a angariação de operários especializados oriundos da Daum e a semelhança de jarras como esta, terão sido as razões para a Daum ter interposto uma acção legal contra a Delatte, por eventual plágio do formato berluze, que parece não ter tido êxito.

 

 

 

O industrioso e versátil Delatte, que havia começado como comerciante de tapeçaria e banqueiro, para alcançar fama e sucesso na indústria vidreira, abandonou a região de Nancy em 1937, mudando-se para a Provence, onde passou a desenvolver acção como corrector de seguros, acabando por falecer, de ataque cardíaco, durante uma deslocação a Toulouse.

 

 

 

© Vidros & Companhia

Jarra

Setembro 03, 2024

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Jarra, com cerca de 25,1 cm. de altura, em vidro cor de mel, com gravações a jacto de areia e à roda, ostentando motivos florais estilizados ao gosto Art Déco.

 

 

 

Conhecem-se peças de igual formato com diferentes dimensões e diferentes motivos florais estilizados, bem como variantes de cor azul e verde.

 

Esta jarra foi indubitavelmente produzida na Marinha Grande.

 

 

© Vidros & Companhia

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