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Vidros Portugueses & Companhia

Vidros Portugueses & Companhia

Saleiro e Pimenteiro

Outubro 25, 2024

blogdaruanove

 

Conjunto de saleiro e pimenteiro em vidro moldado, prensado e lapidado.

 

Na cartola, a lapidação ocorre apenas em pequenas áreas, para corrigir ou disfarçar o excesso de vidro que, de outra forma, deixaria uma costura em relevo decorrente das ínfimas fissuras de junção.

 

Nos frascos, a lapidação ocorre essencialmente na base, mas também no remate que serve para enroscar as suas tampas.

 

 

Cada um dos pequenos frascos mede cerca de 6,5 cm. de altura e 3,8 cm. de largura. A cartola mede cerca de 4,6 cm. de altura e 8,2 cm. de largura.

 

Note-se como, retirando os frascos da cartola, podemos obter uma outra peça de apoio ao serviço de mesa  um paliteiro aberto, muito comum na última metade do século XIX e nas primeiras décadas do século seguinte, peças que, entre outras fábricas, estão documentadas na produção de início do século XX da fábrica americana Cambridge, localizada no estado no Ohio.

 

 

Note-se, também, como os frascos se ajustam perfeitamente ao interior da cartola, num desenho pensado para promover um engenhoso e harmonioso conjunto de peças que permite, ainda, uma gestão racional do seu espaço de arrumação.

 

 

Para além do vidro, os paliteiros abertos foram produzidos ainda em diversos outros materiais, como a faiança, a madeira, o marfim e a porcelana.

 

Podem-se ver dois paliteiros abertos, em faiança e também com o formato de chapéus, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/outras-fabricas-outras-loicas-cclxxx-364384.

 

 

 

© Vidros & Companhia

Jarra

Outubro 18, 2024

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Pequena jarra, com cerca de 7,8 cm. de altura, em vidro azul decorado com motivos vegetais aplicados em prata relevada.

 

Embora não identificada quanto à sua origem, que não é certamente portuguesa, esta peça será datável do último quartel do século XIX ou inícios do século seguinte.

 

 

 

Ao contrário do que acontece com outros exemplares, a prata não é aplicada nesta jarra através do processo químico de galvanoplastia simples, em que apenas uma fina película é depositada na superfície do vidro, mas sim através da aplicação de uma camada mais espessa, ou de várias camadas sobrepostas, que permite a gravação do metal, como é possível observar.

 

Este processo, aplicável quer ao vidro, quer à cerâmica, deu origem ao registo de várias patentes, a partir da década de 1870, na Europa e na América do Norte.

 

 

 

A maioria da produção europeia centrava-se em território de influência germânica, particularmente na zona meridional da Suábia, mas também em Inglaterra, nomeadamente através da empresa Stevens & Williams, Ltd.

 

Habitualmente, em aplicações decorativas de alta qualidade, como esta, a prata encontra-se marcada, o que não acontece neste exemplar.

 

Permanece a dúvida pois, sobre a sua origem, que tanto pode ser europeia como americana, ou uma combinação das duas, como por vezes aconteceu com algumas das peças Loetz, as quais receberam aplicações metálicas nos Estados Unidos, após a sua importação da Áustria.

 

 

 

© Vidros & Companhia

Jarra

Outubro 12, 2024

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Pequena jarra, com cerca de 13,7 cm. de altura, em vidro ametista e vidro branco transparente.

 

Esta peça apresenta algumas peculiaridades no seu aspecto, uma vez que foi produzida num molde com duas secções e exibe irregularidades, que parecem corresponder a marcas circulares resultantes de diferente espessura do vidro, no seu corpo.

 

 

 

O seu remate superior exibe também irregularidades, resultantes do molde, e a concavidade da sua base aparece rematada não apenas com um único corte mas, surpreendentemente, com vários.

 

Uma peça intrigante, que parece combinar uma produção semi-industrial com um acabamento amador.

 

 

 

© Vidros & Companhia

Garça

Outubro 06, 2024

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Figura de garça com cerca de 33,8 cm. de altura.

 

Conhecem-se variantes desta figura com diferentes alturas e em diversas cores – amarelo, azul, laranja, lilás, verde água e verde garrafa.

 

 

 

O facto de a massa vítrea destas figuras ser trabalhada livremente, sem molde, faz com que dificilmente se encontrem dois exemplares exactamente iguais, quer nas dimensões, quer na torção e posição relativa da parte superior corpo.

 

É muito provável que estas figuras sejam originárias da Marinha Grande, o que se coaduna com o facto de muitas destas variantes aparecerem com maior frequência em alguns antiquários e coleccionadores da região.

 

 

 

© Vidros & Companhia

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